• Porque é que por vezes a água
da torneira está branca?
A cor branca deve-se à existência de ar dissolvido na água e
é normalmente provocada pela entrada de ar nas tubagens (na
sequência de intervenções, em alguns troços terminais de
rede, em prédios elevados com menos pressão, …).
O que importa salientar é que a água continua perfeitamente
adequada para consumo humano, podendo continuar a utilizá-la
sem qualquer problema. Pode deixar repousar a água num copo
por alguns minutos, que a água volta à sua aparência normal.
Essas situações são sempre passageiras.
• Porque é que por vezes a água
cheira a cloro?
O cloro é um desinfectante utilizado no tratamento da água
para garantir a qualidade microbiológica da mesma ao longo
de todo o seu percurso, desde as Estações de Tratamento,
passando pela Rede de Distribuição até às torneiras dos
Clientes (usualmente aplicado entre 0,2 a 1,0 mg/L).
Ocasionalmente, o cheiro e o sabor do cloro podem ser
sentidos, aconselhando-se nestes casos a deixar repousar a
água por alguns minutos até que desapareça o cheiro e o
sabor.
• O que significa a dureza da
água?
A “dureza” na água para consumo humano é causada
essencialmente pela presença de sais de cálcio e magnésio,
sendo considerada “dura” quando existem valores
significativos destes sais e “macia” quando contém pequenas
quantidades.
Os níveis de dureza da água na generalidade das ZA do
concelho apresentam um valor médio de 100 mg/L, ou seja, são
águas macias - médias. Apenas nas ZA com água exclusivamente
de furos, é que temos valores médios de dureza de 300-400
mg/L, sendo estas consideradas águas duras. Em qualquer dos
casos, não há nenhum risco para a saúde do consumidor.
• O que é o pH da água?
O valor do pH (potencial hidrogeniónico) traduz a acidez ou
a alcalinidade da água. A escala do pH compreende valores
entre 0 e 14, sendo que um pH igual a 7,0 indica uma solução
neutra.
O pH da água da Taviraverde cumpre os valores estipulados
pela legislação em vigor.
• Porque é que por vezes se ouvem
ruídos na canalização e a água sai aos “jorros”?
Após falta de água na rede ou ausência prolongada do local,
podem ocorrer ruídos na canalização e ao abrir a torneira a
água pode sair aos “jorros”, sendo provocados pela
existência de ar nas canalizações. Aconselhamos a deixar
correr a água durante alguns minutos, até o ar desaparecer.
• Que Factores podem influenciar as
características da água?
A idade e o estado de conservação das canalizações e
hidropressores do prédio (caso existam) podem alterar as
características da água, concretamente, o sabor, o cheiro e
a cor. A temperatura da água também pode influenciar o seu
sabor. Quando a água está fresca é mais agradável ao
paladar.
• Qual é a legislação que regula a
qualidade da água para consumo humano?
A legislação que a TaviraVerde cumpre em termos da qualidade
da água é o Decreto-Lei n.º 306/07, de 27 de Agosto (que
revogou o D.L. 243/01).
• Onde consultar os resultados das
análises sobre a qualidade da água?
Os resultados das análises laboratoriais realizadas pela
TaviraVerde, no cumprimento da legislação em vigor, são
divulgados trimestralmente sob a forma de edital, no site e
Loja da TaviraVerde, na CMT, Juntas de Freguesia e Centro de
Saúde de Tavira.
• Será preciso
instalar um equipamento de tratamento da água na torneira da
minha casa para melhorar a qualidade da água da rede
pública?
Não. A água da torneira é uma
água natural devidamente tratada e destinada ao consumo
humano, sendo mineralizada e equilibrada e contendo sais
dissolvidos em quantidades que são essenciais à saúde.
O padrão de qualidade da água destinada ao consumo humano
define-se por um conjunto de características (parâmetros e
respectivos valores paramétricos) fixadas na legislação
nacional e europeia com base nas orientações da Organização
Mundial de Saúde, nos conhecimentos científicos e no
princípio da precaução, podendo esta água ser consumida com
segurança.
A água da rede pública é sujeita a um exigente e rigoroso
controlo da qualidade definido na legislação, ao qual todas
as entidades gestoras de abastecimento público de água
atendem.
Em Portugal, a conformidade legal da qualidade da água na
torneira dos consumidores é verificada regularmente, pela
entidade gestora, de acordo com um Programa de Controlo de
Qualidade (PCQA) aprovado anualmente pela entidade
reguladora (ERSAR). Nestes PCQA são definidos o número de
análises a realizar ao longo do ano seguinte a cerca de 50
parâmetros relativos às características organolépticas
(cheiro, sabor, cor e turvação), químicas e biológicas da
água, atendendo aos valores-limite especificados na
legislação. Estas análises são realizadas por laboratórios
acreditados em pontos representativos das zonas de
abastecimento, totalizando mais de 600 000 por ano em todo o
País.
A implementação do PCQA aprovado, bem como o controlo
suplementar que as entidades gestoras realizam no sistema de
tratamento e ao longo da rede de distribuição da água, são
sujeitos a acções de fiscalização por parte da ERSAR.
A avaliação dos resultados obtidos na implementação do PCQA
aprovado, que permitem avaliar o grau de cumprimento das
normas de qualidade de água para consumo humano, são
divulgados ao público tanto pelas entidades gestoras como
pela ERSAR.
Para conhecer a qualidade da água que abastece a sua zona
pode consultar a publicitação trimestral efectuada
obrigatoriamente pelas entidades gestoras (através de
editais, boletins, imprensa regional ou no seu sítio da
internet), ou consultar os dados comunicados anualmente no
sítio de internet da ERSAR através da publicação do volume 4
do Relatório Anual do Sector de Águas
e Resíduos em Portugal (RASARP) e da aplicação
interactiva “Qualidade da água para
consumo humano”.
Recomenda-se que, em caso de dúvida, e antes de se decidirem
pela aquisição de um equipamento doméstico para o tratamento
da água, os consumidores afiram, junto das suas entidades
gestoras dos serviços públicos de abastecimento de água ou
junto da ERSAR, a qualidade da água que têm disponível na
torneira. É naturalmente um desperdício de recursos
financeiros, técnicos e até ambientais tratar uma água que
não necessita desse tratamento.
Legislação a consultar:
- Decreto-lei n.º 306/2007,
de 27 de Agosto
(fonte:
www.ersar.pt)
• Apresentaram-me um
“purificador” de água. O que deverei concluir da experiência
apresentada?
A água destinada ao consumo humano tem na sua composição
diversos sais minerais e outros compostos que, nas
quantidades adequadas, são benéficos para a saúde humana, o
que significa que a água que bebemos não deve ser isenta
destes compostos.
Uma das demonstrações frequentemente realizadas por algumas
das empresas fornecedoras de purificadores de água é o da
electrólise da água da torneira, na qual os sais minerais e
compostos que existem na água são separados através da
corrente eléctrica, acumulando-se nos eléctrodos colocados
dentro da água. A acumulação destes compostos e sais
minerais nos eléctrodos forma uma película visível, devido à
separação dos diferentes elementos químicos naturalmente
presentes na água destinada ao consumo humano.
A segunda parte da demonstração consiste, regra geral, em
realizar o mesmo procedimento na água filtrada pelo
“purificador” que se pretende comercializar. Esses aparelhos
recorrem a processos de osmose inversa ou de permuta iónica,
onde os sais minerais presentes na água são retidos, pelo
que quando ocorre a electrólise dessa água não se forma a
referida película.
Nessas demonstrações pretende-se, por vezes, levar o
consumidor a acreditar que a água que chega a sua casa pela
rede pública tem uma má qualidade. Na verdade, a osmose
inversa, ao eliminar os sais minerais dissolvidos na água,
transforma uma água mineralizada e equilibrada no
equivalente a água destilada, como a utilizada, por exemplo,
no ferro de engomar.
A água purificada por osmose inversa é normalmente utilizada
em indústrias farmacêuticas, laboratórios ou outras
indústrias que necessitam, em processos fabris, de uma água
com elevado grau de pureza, mas não é a mais adequada ao
consumo humano. Após a osmose inversa a água terá carência
de sais minerais dissolvidos e o seu consumo não é
aconselhável, já que, para ter funções biológicas, a água
necessita conter sais minerais, como o sódio, potássio,
cálcio e magnésio.
(fonte:
www.ersar.pt)